segunda-feira, 24 de junho de 2013

Iansã

A Orixá da bravura e coragem




Deusa linda e destemida
 Iansã tem em si a marca da coragem, a sensibilidade da mulher que não tem medo de lutar pelo que acredita. 
 Dona dos Raios, Chuvas e Tempestades e dos Ventos. Iansã expressa no bambuzal sua presença, de forma que o vento ao bater no bambu o faça dançar de forma bonita, soltar o seu som e se preciso avançar pra cima do inimigo que ameaça aquele que em seu reino pede abrigo.





Em sua lenda, Iansã foi sempre destemida e corajosa. Vivia desbravando os quatro cantos do mundo, geralmente em sua forma secundária. Iansã tinha a habilidade de se transformar em um búfalo quando se cobria na pele de um. 
Certo dia, Ogum se via com fome no meio da mata e avistou o búfalo andando em direção a um rio. Ao se preparar para atacar o animal, Ogum viu uma mulher linda saindo da pele deste e essa mulher começou a se banhar e matar a sede nesse rio. 
Ogum ficou ao mesmo tempo encantado e espantado com o que havia presenciado. Mas não pensou duas vezes quando o encanto falou mais alto, e tomou a roupa de búfalo para si enquanto a linda moça ainda tomava banho. 
Assim que terminou de se banhar, Iansã percebeu que sua roupa não estava onde havia deixado e começou a procurar. 
Ogum se aproximou e disse ter roubado a roupa para si. E que a condição pra que lhe entregasse, seria Iansã tornar-se sua esposa. 
Movida pela revolta por ter sido passada pra trás e a admiração pela ousadia do ato de amor de Ogum, Iansã aceitou a proposta. Mas como condição, ela impôs que ele nunca revelasse o segredo de que Iansã pode se transformar em búfalo na mata para ninguém.
Ogum nem pensou ao aceitar, e assim fez de Iansã sua quarta esposa. Quarta, porém favorita, uma vez que depois de ter se casado com Iansã, Ogum não deu mais atenção às suas 3 primeiras esposas. 
Teve com ela 9 filhos durante o casamento. 
Em momentos que Ogum partía para a guerra, seu irmão Xangô fazia visitas escondidas à Iansã e tentava seduzi-la devido a sua beleza e bravura. 
Um dia, ao voltar da guerra, Ogum chega em seu reino cansado e pergunta por Iansã, que para ele seria a única que o faria bem. Suas 3 primeiras esposas já revoltadas com o descaso do marido, decidem juntas arrancar a verdade de Ogum e descobrir qual o segredo que mantém Iansã como sua esposa, visto que ela nunca demonstrou sentir amor por ele. 
Abordaram Ogum e o embebedaram com um vinho que quando tomado, solta somente verdades da boca de quem o bebeu - o Vinho de Palma. 
Embreagado por esse vinho, Ogum revelou às suas esposas que o segredo de Iansã era se transformar em búfalo na mata. 
Sem pensar duas vezes as 3 foram caçoar de Iansã para provocar a deusa e fazer com que ela vá embora.
Enfurecida, Iansã se transformou em búfalo na frente das 3 esposas de Ogum e rasgou com chifradas violentas o corpo de uma a uma até a morte.
jogou seus nove filhos na garoupa e foi para o meio da mata. Ao voltar na forma humana, Iansã explicou aos seus filhos que teria que abandona-los com o pai, pois não teria como fugir da ira de Ogum arriscando a vida deles. Tirou da cabeça um dos chifres de búfalo, entregou ao filho mais velho e disse que sempre que precisassem da mãe, que usassem esse chifre como um berrante e ela viria com o vento para protege-los. 
Assim, Iansã foi ao encontro daquele que em segredo já amava, e a esperava para se tornar rainha do seu reino - Xangô
Com Xangô Iansã divide até hoje o poder do fogo e se mostra presente com seus raios e tempestades que vêm sempre acompanhados dos trovões de seu amado.



Os Filhos de Iansã são movidos pela paixão. Paixão violenta, pulsante e vibrante que corrói e cria o desejo de possuir. O temperamento do filho de Iansã se assemelha à tempestade, aquela que pode se prever quando virá, mas nunca o que ela causará por onde passar. Viver é uma grande aventura!
 São pessoas muito firmes e sabem o que querem, só têm certa dificuldade de saber como conseguir, visto que não têm paciência pra planejar e sim sair agindo pelos impulsos.
Os filhos de Iansã não costumam esconder seus sentimentos. São extremamente fiéis a pessoa que amam, porém só enquanto amam.
 É muito fácil os filhos de Iansã desenvolverem dons para ser músicos, por que com o vento Iansã guia os sons.
Ninguém derruba um filho de Iansã que tem fé, pois Iansã é o Vento e não há força nesse mundo que possa derrubar o vento!


Características dos filhos de Iansã:


  • Impulsivos
  • Extrovertidos
  • Aventureiros
  • Corajosos
  • Ciumentos
  • Transparentes
  • Orgulhosos
  • Bipolares
  • Leais
  • Independentes




Oferendas para Iansã:

  • Acaçá
  • Acarajé
  • Toalha ou pano amarelo
  • Velas amarelas
  • Champanhe Dourado (geralmente de pêssego)
  • Abacaxi em caldas
  • Arroz doce com bastante canela em pó por cima
* As oferendas para Iansã devem ser entregues em bambuzais, cachoeiras e jardins. Sempre enfeitar com rosas amarelas a oferenda que estiver sendo entregue. 




Iansã está presente nas maiores sensações do ser humano. A frase "Estou apaixonado" tem ligação direta à Iansã, pois a paixão é um furor que somente Iansã consegue trazer na terra. Diferente do amor que é brando. 
O Epa Hei que é sua saudação tem o Epa como sinal de susto ou surpresa e o Hei como um olá. O espanto vem devido à grandeza da força de Iansã. Portanto Epa Hei é um Olá com admiração .




Iansã carrega em sua mão um Iluquerê e uma daga em forma de raio para direcionar os ventos e rasgar todo o mal e dificuldade que esteja em seu caminho. Tomar um banho de chuva é deixar Iansã nos limpar e principalmente fortificar caso estejamos sentindo espiritualmente fracos. O banho de Iansã (chuva) é sem dúvida fundamental para todo médium de fé, no mínimo 4 vezes ao ano.
 É a deusa que comanda junto com Omulú os cemitérios e os Eguns também. 
 Iansã por ser movida pelo vento e pelo som, também comanda a firmeza da curimba dos terreiros, junto com Ogum. 






No sincretismo religioso, Iansã é Santa Barbara. Santa católica que teve em sua história uma prova de bravura por fé, escapando de uma prisão. Tornando assim o seu dia de celebração 4 de Dezembro.





  • As velas e guias de Iansã na Umbanda são amarelas, pela cor dos raios e choques elétricos 
  • A saudação a Iansã é Epa Hei Iansã na Umbanda e Epa Hey Oyá no candomblé
  • Seu dia na semana é Quarta- Feira
  • Seu elemento é a Chuva
  • Seu metal é o cobre
  • Suas flores são as Rosas amarelas, Margaridas e diversas flores amarelas
  • Seu mineral é a cornalina
  • Suas ervas são: Espada de Iansã, Para Raio, Cana do brejo, louro, Cantiga de Mulata, Açucena, Folha de Fogo, Cordão de Frade
  • Seu símbolo é o raio
  • Seus adornos são a Daga e o Iluquerê



Abaixo o vídeo da História de Iansã e uma oração retirada de um website cuja referência consta na imagem. 








Epa Hei Iansã! 

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Festa de Ogum 2013

Realizada no dia 21/04


Agradecemos ao Pai Ogum por nos permitir realizar uma festa tão bonita!













Ogunhê Meu Pai!!! 

quarta-feira, 27 de março de 2013

Fechamento de Corpo

Esta expressão surgiu com o decorrer do tempo e foi apresentado de forma incorreta, pois entende-se como se o nosso corpo carnal fosse revestido por uma proteção de aço, onde poderíamos nos tornar super humanos e nada nos afetaria.
Agora vamos aos esclarecimentos do termo e a estrutura do rito que é feito para ofechamento de corpo.
Este ritual geralmente é feito na Sexta feira Santa. Como o próprio nome diz, este rito tem a intenção de bloquear, impedir e dificultar que qualquer maldade ASTRAL tenha acesso ao nosso perispírito ou atingir nossas estruturas espirituais.
Isso não quer dizer que uma pessoa que passou por um ritual de fechamento de corpo está totalmente imune a qualquer ato de maldade ou de algo chamado fatalidade. Este trabalho tem a intenção de reduzir o impacto que poderíamos sofrer no caso de uma atuação negativa ou mesmo de uma fatalidade.
Dizer “eu tenho o corpo fechado” não quer dizer que se tornou de aço, que a partir de hoje lhe foi posta uma superproteção, que você pode levar um tiro e não vai acontecer nada.
Não quero deixá-lo triste, mais vai sim!!! Se alguém com uma boa mira atirar em você, vai te acertar e dependendo do caso você poderá desencanar.




A proteção é para o lado astral. Claro que o astral e o espiritual se refletem em nossa matéria, em nosso corpo carnal; então a ideia é que com a máxima proteção. Mas não podemos aceitar isso como uma regra e acreditar que nada, absolutamente nada nos fará mal. Sim, pode sim, tudo dependerá do que se deve passar e o porquê deve passar.
O rito de fechamento de corpo é praticado dentro de nossos terreiros; é uma cultura antiga e alguns hoje em dia não tem mais o costume de realizar esta pratica e outros não conhecem, apenas ouviram falar.
Este ritual poderia ser praticado não apenas na sexta feira santa, mas umas três vezes no ano, no mínimo, porque é uma proteção que se agrega ao nosso corpo espiritual e que com certeza dificultará a ação de demandas, trabalhos ou espiritos sem luz que queiram nos prejudicar.
Geralmente são realizados por entidades de Umbanda ou de Candomblé, onde são utilizados elementos como: chave, pemba branca, ervas, azeite, correntes, patuás, rezas, orações, velas, águas, conchas, correntes de aço, alho, bebidas, etc.
Cada guia/entidade terá sua particularidade na forma de manipular os elementos físicos para as proteções astrais.
Não existe um meio correto de utilização, não existe uma receita de bolo e nenhuma regra, até porque, cada caso é um caso, há pessoas que necessitam de um fechamento de corpo para o setor sentimental (angústias, mágoas, etc), pois por estar fragilizada nesse sentido se bala com mais facilidade do que um outro, então cada caso deve ser avaliado com cautela e, isso, quem determinará será o guia que está realizando o rito.
Todos os elementos de trabalho que serão utilizados durante o fechamento de corpo deverão ser “cruzados” ou “abençoados” na força de um Orixá, geralmente efetuamos este processo de “cruzamento” ou de “benção” na força de Ogum, o senhor do metal, das lutas e das batalhas; para corte de demandas, Ogum é o senhor da proteção suprema dentro da Lei.
Mas nada impede que na sua casa, onde a força maior e regente é de Omolu, você cruze os elementos na sua força. Omolu é responsável pelo fim, logo a imantação dos elementos será com o pedido de finalização de todas as demandas. É um grande Pai e sua força é tão grande quanto á de Pai Ogum, responsável por abrir os caminhos do bem e fechar as portas da maldade.
Com relação aos elementos que serão utilizados em seu fechamento, eles podem ter inúmeras formas, como por exemplo, no caso de uma pessoa que necessite de um fechamento de corpo contra o vampirismo astral, pode ser utilizado o azeite consagrado juntamente com o alho.
No caso de um fechamento de corpo contra a atuação das energias negativas que assombram durante a noite, podemos fazer um fechamento de corpo com velas.
Então conforme o tipo de fechamento de corpo será aplicado existirá um elemento que poderá ser agregado ou utilizado que atuará com mais intensidade do que simplesmente a utilização das chaves.
Tudo isso acompanhado de rezas e orações e diversos outros elementos já consagrados.
Vale lembrar que ter o corpo fechado não significa que seremos supremos, imortais, invencíveis ou até mesmo a prova de bala.
Ter corpo fechado é ter o corpo equilibrado com proteções específicas que serão instaladas em seu Corpo Astral, que dificultarão o acesso de espíritos negativados ou de demandas que lhes foram direcionadas, por isso, o trabalho para o fechamento de corpo deve ser praticado algumas vezes durante o ano, para a renovação da proteção e também para fortalecimento do seu espírito.

Danilo Guedes – Jornal de Umbanda, fevereiro 2012

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Xangô

Orixá da Justiça


O Deus temperamental, lindo e destemido 

Xangô é o orixá que não se conforma! O que quanto mais tem, mais acredita em seu potencial e busca ter mais e mais. É senhor da justiça divina, a que determina o que nós mortais merecemos ou não passar em conseqüência de nossas atitudes, palavras e pensamentos. 
Dono das pedreiras do fogo e dos trovões, Xangô expressa seu poder por meio desses elementos de imponência da natureza, onde esbraveja (Trovão) e se mantém firme (Pedreiras). Mas também não deixa de chorar no colo de Oxum em forma de cachoeiras que saem das pedras, quando se vê triste.





 Em sua lenda Xangô, filho de Iemanjá e irmão do meio de Ogum e Oxóssi. Era o mais temperamental.    Não tinha rinchas com os irmãos, mas tinha em mente que poderia ser mais corajoso que Ogum, e merecia mais atenção do que a que era dada à Oxóssi. 
 Xangô conquistou o amor de Iansã ao se decepcionar com Ogum que quebrou a promessa de guardar seu segredo de bufalo, tornando-a assim sua primeira e mais amada esposa. 
 Mais tarde, também aproveitando- se da decepção que seu irmão Oxóssi teria causado, trocando- a por um homem feiticeiro Ossaim e indo viver na mata. Xangô conquista Oxum, tendo assim sua segunda esposa. 
 E por fim ao ver o esforço de todos os outros Orixás e grandes guerreiros para apenas vencer Obá em batalha, Xangô planeja uma luta em local escorregadio, derruba Obá e a toma ali mesmo, tendo assim sua terceira (e menos amada) esposa. 
 Certo dia um Babalaô de seu reino procura o rei para informar que o povo está morrendo, devido ao calor que castigava e a falta de água e comida por não chover. 
 Xangô se afastou de seu reino e suas esposas para pedir aos deuses que se algum sacrifício tivesse que ser feito, que fosse o dele próprio já que era o rei e não queria ver seu povo morrer na desgraça da fome e sede. 
 Isso trouxe caos aos reino, pois metade dos súditos pensaram que Xangô havia abandonado o reino e a outra metade acreditava que ele tinha se afastado para procurar uma solução. Com isso os dois lados entraram em guerra e começaram a destruir o reino com fogo. 
 Desesperada Oxum começa a chorar. Chorou tanto que formou uma poça d'água, que tornou-se um lago. Vendo esse lago Iansã espalhou os ventos, e esses transformaram o lago em um rio. E o rio cobriu a terra seca do reino.
 A força de Xangô fez cair a chuva, que apagou o fogo ateado pelo povo da aldeia e trouxe novamente a paz ao reino de Oyó que não passou mais fome nem sede.
A cada comentário maldoso Xangô cuspia fogo e soltava faíscas pelo nariz. Andava pelas ruas de Oyó com seu oxé, um machado de duas pontas, que o tornava cada vez mais forte e astuto. Onde havia um roubo, o rei era chamado e, com seu olhar certeiro encontrava o ladrão onde quer que estivesse.
Para continuar reinando Xangô defendia com bravura sua cidade. Com o prestigio conquistado, Xangô ergueu um palácio com cem colunas de bronze, no alto da cidade de kossô, para viver com suas três esposas: Iansã, Oxum e Obá.
 Para prosseguir com suas conquistas, Xangô pediu ao babalaô de Oyó uma fórmula para aumentar seus poderes. Este entregou-lhe uma caixinha de bronze, recomendando que só fosse aberta em caso de extrema necessidade de defesa. 

 Curioso, Xangô contou a Iansã o ocorrido e ambos não se contendo, abriram a caixa antes do tempo.  Imediatamente começou a relampejar e trovejar. Os raios destruíram o palácio e a cidade, matando toda a população. Não suportando tanta tristeza, Xangô afundou terra adentro, retornando ao orun, e tornando-se assim o Orixá da justiça, por ter se sacrificado pelo que era certo, já que seu povo morreu sem ter culpa de nada. 






Filhos de Xangô são eloqüentes, sociáveis e bons ouvintes. Mas gostam sempre de dar a última palavra, mostrando que também são autoritários.
Contraditórios, são aristocráticos e libertinos. Infiéis em seus relacionamentos, mas conseguem estabelecer amizades duradouras.
Volúveis, esquecem rapidamente as paixões passadas. Estão sempre envolvidos em novas aventuras. E a paixão atual é sempre a maior, a única, a verdadeira.
 Os homens costumam ser bem robustos com ombros largos, e mesmo que não tenham aparência bonita, chamam atenção


Características dos filhos de Xangô:

  • Autoritários
  • Conquistadores
  • Enérgicos 
  • Sensíveis
  • Centrados
  • Observadores
  • Competitivos
  • Carinhosos
  • Ousados
  • Machistas  




Oferendas para Xangô:


  • Quiabo
  • Amalá
  • Rabada com angu
  • Caruru
  • Peito de boi com angu
  •  Cerveja Escura
  •  Mel
  • Papel de seda marrom
* As oferendas para Xangô devem ser entregues em picos de pedreiras ou cachoeiras que tenham um número elevado de pedras. Usar sempre um papel de seda marrom como toalha, montar o prato em uma gamela ou murinha e abrir uma cerveja escura ao lado. 





O culto de Xangô é muito popular no Novo Mundo, tanto no Brasil como nas Antilhas. Em Recife, seu nome serve mesmo para designar o conjunto de cultos africanos praticados no Estado de Pernambuco. Na Bahia, seus fiéis usam colares vermelho e branco, como na África. Quarta-feira é o dia da semana que lhe é consagrado. Assim que saudam, gritando: Kaô Cabecile!, "Venham ver o rei descer sobre a Terra!"
 Em suas danças, Xangô brande orgulhosamente seu machado duplo e assim que se acelera ele faz o gesto de quem vai pegar pedras e lançá-las sobre a Terra. O simbolismo de sua dança deixa aparecer seu lado licencioso e atrevido.




Xangô é o Orixá masculino que vem com a dança mais bonita, em sua dança ele inspira confiança e tenta mostrar que se pode ser forte sem perder a ternura. É um deus lindo tanto em suas essências quanto em suas vibrações. É o "menino mimado" dos Orixás, no sentido em que com seu jeito sempre conseguiu o que queria de todos. 
Devemos ser muito cautelosos ao pedir JUSTIÇA para Xangô. A justiça desse Orixá é diferente da justiça dos homens, que é cega. Xangô enxerga os dois lados da moeda e as vezes justiça não é bem o que acreditamos que vai nos favorecer e sim nos colocar em situação pior. Por isso é muito importante analisarmos se o que queremos é o que realmente é certo ou simplesmente o que nos convém.





No sincretismo Xangô pode ser tanto São Geronimo, São Pedro quanto São João Batista. Que torna assim sua data comemorativa ser em possível em 3 dias: 24/06 (Dia de São João); 29/06 (dia de São Pedro); 30/09 (dia de São Geronimo). 





  • As velas de Xangô são Marrons assim como suas guias na Umbanda
  • A saudação para Xangô é Kaô Kabecilê tanto na Umbanda quanto no Candomblé
  • Seu dia da Semana é Quarta-Feira 
  • Seu elemento é o Fogo
  • Seu metal é o cobre
  • Suas ervas são: Alevante, Hortelã, Eucalipto, Amexeira, Ipê Amarelo, Babosa, Folhas De Café, Lírio Do Brejo, Folha De Limoeiro, Eucalipto Limão, Folha De Parreira e Lírio Da Cachoeira; Erva de São João, Erva de Santa Maria, Beti Cheiroso, Nega Mina, Elevante, Cordão de Frade, Jarrinha, Erva de Bicho, Erva Tostão, Para raio, Umbaúba. 
  • Seu mineral é o Estanho
  • Cravos brancos e vermelhos e flores brancas em geral
  • Seu símbolo é o machado
  • Seu adorno é o Oxé 
  • Seu ponto na natureza é a Pedreira



Na Umbanda Xangô se manifesta em todos os médiuns de incorporação independente de terem o Orixá em sua coroa como Pai de Cabeça ou não. 
Xangô geralmente vem batendo as mãos sobre a cabeça como se fossem pedras, seguindo isso ele exibe sua dança e reverência aos que lhe admiram. Nas poucas vezes que o Orixá vir chorando, deve se dar uma atenção especial pois ele geralmente ele está tentando indicar que seu médium está tomando atitudes erradas que poderão prejudica-lo em breve. 




Segue uma Oração ao Orixá Xangô:

Poderoso Orixá de Umbanda,
Pai, companheiro e guia.
Senhor do equilíbrio e da justiça.
Auxiliar da Lei do Carma,
Só tu, tens o direito de acompanhar pela eternidade,
Todas as causas, todas as defesas, acusações e eleições,
Promanadas das ações desordenadas, ou dos atos impuros e benfazejos que praticamos.
Senhor de todos os maciços e cordilheiras,
Símbolo e sede da tua atuação planetária no físico e astral.
Soberano Senhor do Equilíbrio, da equidade,
Velai pela inteireza do nosso caráter.
Ajude-nos com sua prudência.
Defenda-nos das nossas perversões,
Ingratidões, antipatias, falsidades,
Incontenção da palavra e julgamento indevido dos atos
Dos nossos irmãos em humanidade.
Só Tu és o grande Julgador.
Kaô Cabecilê Xangô.

Abaixo um vídeo da História de Xangô: 





Xangô morreu foi de idade
Morreu escrevendo em uma pedra
Foi ele quem escreveu a justiça
Quem deve paga
Quem merece recebe



Kaô Kabecile